segunda-feira, janeiro 21, 2008

Remissão

Sempre que caio no meu próprio solo e rezo, sou o próprio deus distendendo-se.

Avançasse assim, de olhos abertos e mãos em riste, cavaleiro seria.

Nada sou, mas entre mim e o ar, nada há. Cavaleiro fosse no gume afiado, no cálice sóbrio. O rosto que se toca, nunca mais se esquece.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Dínamo

Deus invade o nosso entendimento e transborda-o, orientando-o a partir de fora.

Isto parece eminentemente subtil, e é-o, mas depõe-nos igualmente no mais imediato e concreto.

Isto só vive da acção, daquilo que estilhaça as representações e as faz vibrar.

Isto apresenta-se, não no entendimento, não no estilhaçar deste, não na anulação de um ou outro ou ambos – mas na sua bipolaridade múltipla.