Há um grito que nos atira todos para a linha do metro; precisamente o mesmo e único em que de tal nos salvamos.

Rumor

Escutar toda a gente focando a luz em que são mestres e rosto de sentido, no que têm para dar de si autenticamente mesmo quando não o fazem.

Fuga que revira, vácuo queda

Fogo que visitas, no sangue da

num retrocesso. Água. Redondo

mais vasta vegetação. Brilho.

como uma lua, pequena te abres.

O sono na mais perfeita agonia,

Um círculo na água.

as asas na claridade do sol.

Uma queda na imobilidade.

A direcção estanque, como um

O percurso esférico, como um olhar

beco. Uma dor na ponta do

obsecante. Um ninho no centro da

medo.

luz.

O dia longe, gato,

A interna sombra, desperta,

redondo.

infinitude.

É o fim da escada que te

É a cidade dos montes negros,

suspende como a noite num

inchando, a cabeça como um

fio, palhaço na máscara

reservatório de inutilidades

ou a face e triste.
ou o corpo à frente e

terrível.

Nunca foi tão vão, aquele que desiste das suas paixões por não lhes encontrar rosto na vida que lhe coube; o mundo não responder cabalmente à interrogação que carregamos, pensei ouvir o coração dizer, é uma razão maior para nós próprios sermos intensamente interrogativos: todo o anseio tem no seu movimento interno, a orientação secreta para a sua plenitude.