segunda-feira, junho 04, 2007

Que te diz

Deus ama-nos nas nossas imperfeições, e não apesar delas, disse ela. E é essa sua acção nos nossos limites, que nos vai completando.

E ele, não soube bem o que responder.

Vou pensar nisso, disse.

E nem sequer sabia, se tal faria, ou conseguisse. E apercebeu-se, suspenso, que essa mesma limitação, ecoava o que ela dissera.

22 Comments:

Blogger joaquim said...

Realmente Deus ama-nos como nós somos, e não como poderiamos ser.
Se assim não fosse, pobres de nós...
Abraço em Cristo

1:55 da tarde  
Blogger Vítor Mácula said...

Ou pobre Dele… que se negaria a Si próprio, renegando ou contradizendo o acto criador (o que não faz sentido mas pronto ;)

Abraço em Cristo, Joaquim

12:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tem graça.

7:28 da tarde  
Blogger Vítor Mácula said...

Esperajo bem e mal que sim.

7:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

salmos verso 103

9:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ando há uns tempos a pensar no seu 'post' (é assim que se diz?) - Hóstia. Ontem, dia do Corpo de Deus, enchi-me de coragem para lá ir e dar umas achegas... (a decisão foi ontem, as achegas são de hoje).

Abraço em Cristo

1:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Deus ama-nos incondicionalmente.
Vitor, como se negaria a Ele próprio? (tu sabes, esta minha cabecinha...)

E não é que dei com o Ver cristão? :)

Abreijos.

2:41 da tarde  
Blogger Terpsichore Diotima (lusitana combatente) said...

Abreijos , gosto. Essa é também do grande Vitor não?

Penso que não basta dizer ''Deus ama-nos.''
Penso que Deus quer nos amar através dos homens se aprenderem a amar. Assim, ele não nos ama porque não pode, com dor, porque nós somos as mãos dele. O amor é um verbo. E o amor dele é este calvário, enquanto nós nos recusamos a amarmo-nos. Assim, quando estamos a dizer Deus ama-nos, estamos a dizer uma mentira. Deus quer que o amor se realize. Aliás porque ele é amor.

Assim, há, às vezes algo de arrogante quando as pessoas dizem isso. Algo de ele ama-te, eu não. E a maioria das vezes, é verdade.

Não sei. O Vitor é que sabe explicar tudo tão bem!
Sei que há qualquer coisa que não bate certo, quando dizem isso -
Um estranhamento qualquer, uma separação...

Tavez... quem somos nós para O dizer? Se somos suficientemente grande para falar do amor de Deus, então é porque já somos suficientemente grandes para amar - amar mesmo esse outro. Amar mesmo. E nessa altura dizemos antes, amo-te. Ou Deus ama-te em mim.

Na verdade dizer 'amo-te', quando puro e verdadeiro (raramente), é que é dizer 'Deus ama-te'.

Deus, penso eu, não nos pôs no mundo para que ele nos ame, mas para que nós nos amemos aprendendo e realizando as alegrias do amor - tudo menos o falso açucar. E isso sim é a realização do seu amor. Isso sim é o 'Deus ama-te' - não em vazias palavras - mesmo que bem intencionadas. Mas em verbo, em acção, em criação.

9:10 da tarde  
Blogger Terpsichore Diotima (lusitana combatente) said...

Que não seja mal entendido no entanto o meu sentido: ou invertido! A crítica por ventura feita, - que nem crítica é, mas sim reflexão - não é intencionada como crítica ao escritor desta casa. A quem considero ter demonstrado já várias vezes, estar de entre os poucos para quem as palavras são setas afiadas, não suspiros de açúcar. Tentativa de prática, não fuga dela.

Cumprimentos.

PS - E se Deus nos pôs de facto no mundo para nos amar? :)
Palavras, palavras, palavras, - todas elas portas! Todas elas com dois lados!...

5:20 da tarde  
Blogger Vítor Mácula said...

Sl, 103, 14-18

Guardar a aliança, claro ;)

Abraço, anónimo.

11:27 da manhã  
Blogger Vítor Mácula said...

Caro anónimo 2.

Já lá fui ao “Hóstia” onde lhe deixei umas breves notas.

Eco: no episódio da mulher adúltera, Jesus começa por baixar-se e escrever ou desenhar no solo, isto é, na terra de que nós humanos somos feitos. O que escreve ou desenha o divino em nós?... Ele, que fala com ela quando todos os outros se foram embora (e assim o faz também em cada um de nós). O que nos diz Ele a sós connosco? Remeter o outro para essa relação, e não intrometer-me entre o outro e o próprio Deus (a esse respeito, Jo 21, 20-22 é sempre perturbante e esclarecedor).

Um abraço

11:29 da manhã  
Blogger Vítor Mácula said...

Querida Malu.

Cabecinha laroca a tua ;) Deve ser porque não a separas do coração (e a vaidade da cabeça produz a sua mui famosa tendência de separar-se do coração para emitir juízos de pedra. A minha então, é um ver se te avias…)Nesse sentido, aprender a olhar faz parte; não que eu seja um bom aluno mas pronto ;)

Bjocas de abrençãos.

11:34 da manhã  
Blogger Vítor Mácula said...

Cara Lira de Terpsichore.

Absolutamente ;)

É nesse sentido, já que nesta caixa estamos em linha de citações bíblicas, que vai a injunção apostólica de quem diz amar Deus e não amar o irmão está na mentira (ou, se preferirmos, está dividido). Aqui entramos em cheio no delírio ou des-limite cristão. Passa-se que o cristianismo afirma que tal força é uma pessoa (isto é, que o amor, ou a sua fonte, é algo em que reside entendimento, vontade e sensibilidade, consciência de si). O problemático aqui é que não é bem, digamos assim, uma pessoa como nós, o que faz com que se diga que Deus não é um ente, e até que não exista, no sentido em que o seu ser e os seus modos se distinguem radicalmente das condições espacio-temporais da existência em que nós somos. O amor tem um rosto, uma presença, uma voz que o funda – que o é.

Aqui caberia falar da unicidade de Deus, em que tudo corresponde à sua essência amorosa – acto, vontade, entendimento. Mas toca-me muito o que diz, sim; prefiro amar sem pensar em Deus, do que coisificar Deus separando a minha relação com ele do acto de amar os outros, as pedras, as árvores… Não é possível amar o amor sem que este habite as nossas relações.

Mais c’ est três difficile ;)

Um abraço

11:52 da manhã  
Blogger Vítor Mácula said...

PS: Abreijos não é da malta, não. Net-anda por aí... ;) Abrençãos é que surgiu avec madame Malu.

12:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

(Oh Vitor? Ganda 'casa' esta minha última, francamente... eh eh :$
que paciencia a tua, que querida a tua resposta! shh...e abreijos, muitos!)

1:40 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Nunca tinha pensado neste passo do Evangelho de S. João - que sempre achei tão misterioso!- desse ponto de vista. Evidencia, de facto,aquele espaço íntimo, bem dentro de nós, da relação com Deus.
... E vejo também a missão de S.Pedro ("Tu segue-me"), a rocha sobre a qual Jesus Cristo edificou a Sua Igreja - S. Pedro, que O negou 3 vezes, mas a quem foram confiadas as chaves do Reino dos Céus. E ao conjunto dos apóstolos e discípulos (bispos e sacerdotes), disse: "Recebei o Espírito Santo; a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-hão perdoados, a quem os retiverdes, ser-lhes-hão retidos".

...Num primeiro momento, dentro do nosso coração, percebemos a necessidade do perdão; depois, no confessionário, é o próprio Pai quem perdoa e abraça o filho pródigo!

Somos terra, barro frágil, em permanentes enganos - mas na Igreja temos a promessa da assistência do Espírito Santo, todos os dias até ao fim dos tempos...

No "Hóstia" acrescentei algumas notas.

7:07 da tarde  
Blogger Vítor Mácula said...

Huuuum... Deus assiste a criação desde a eternidade, e nela todas as pessoas, cristãs ou não-cristãs.

3:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

They say ev'rything can be replaced,
Yet ev'ry distance is not near.
So I remember ev'ry face
Of ev'ry man who put me here.
I see my light come shining
From the west unto the east.
Any day now, any day now,
I shall be released.

They say ev'ry man needs protection,
They say ev'ry man must fall.
Yet I swear I see my reflection
Some place so high above this wall.
I see my light come shining
From the west unto the east.
Any day now, any day now,
I shall be released.

Standing next to me in this lonely crowd,
Is a man who swears he's not to blame.
All day long I hear him shout so loud,
Crying out that he was framed.
I see my light come shining
From the west unto the east.
Any day now, any day now,
I shall be released.

5:56 da tarde  
Blogger Terpsichore Diotima (lusitana combatente) said...

a mensagem da malu refere a ?

5:04 da manhã  
Blogger Vítor Mácula said...

Olá outra vez, anónima, também deixei umas hóstias na nota ;)

10:43 da manhã  
Blogger Vítor Mácula said...

Hello Mr. Zimmerman, play a hurricane for the road, for those about to be on their own, like a complete unknown, and listening to what blows in the wind oh yes, oh my, they will surely come to fall, to fall on their own salvation. Great respects oh freewheelin'

10:45 da manhã  
Blogger Vítor Mácula said...

Cara Terpsychore, refere ao link por cima da lista de links. Abraço, bom dia

10:46 da manhã  

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