Huuum… sim, uma abertura relacional originária com tudo pulsa na nossa narratividade.
Também o gato e o hamster têm inteligência emocional e social; não sei se se auto-narram, ou se o fazem de modo similar ao humano. Não sei se se reconhecem no espelho. Não sei se são estranhos para si próprios. Não sei se anseiam pelo tipo da sua “archê”, ou se o proliferam sem procura nem construção.
Não bastam empatias e desempatias de reconhecimento e orientação para haver percas e ganhos de sentido identitário.
“Baby’ s on fire Take your time she’ s only burning This kind of experience Is necessary for her learning If you’ ll be my flotsam I could be half the man I used to They said you were hot stuff And thats what babys been reduced to.”
Given the Chance I'll Die Like a Baby On Some Far Away Beach When the Season's Over.
Unlikely I'll Be Remembered As the Tide Brushes Sand in My Eyes I'll Drift Away.
Cast Up On a Plateau With Only One Memory A Single Syllable Oh Lie Low Lie Low.
PS do PS: o senhor destas líricas depositou mijo seu no famoso urinol do Duchamp aquando duma exposição, numa gloriosa re-cordação activa da própria obra do Marcel.
PS do PS do PS: como se vê, a história não deixa de fremer, aqui, ali e acolá, deste modo, destoutro e daqueloutro.
hahahah, são 4 as pessoas q o fizeram, mas ninguém pôs ainda canalização naquela merda! mas diz lá, que te move mais: a mono-cordia ou as plumas nas bragas (o som é tricky, as palavras são tricky, e que mais)?
ai há mais três mictantes (curiosa rima aritmética com o anterior) ?... não sabia. o monsieur De La Salle Eno não conseguiu fazê-lo directamente. os guardas do museu estavam atentos e avisados contra re-animações de sentido. teve de voltar no dia seguinte com uma discreta garrafinha no bolso cheia do precioso líquido ;) eu tive uma experiência parecida numa exposição do Beuys no Museu do Prado: pus uma concha de amêijoa junto ao telefone do “Mensh”, numa doação de elemento marítimo e feminino. o guarda desconfiou, suponho, porque dessa sala para a frente foi em meu encalço até eu sair. voltei lá no dia seguinte, e a concha ainda estava lá. são assim os guardas da ausência de sentido, nem conhecem o que estão a guardar, o que é natural, pois se o conhecessem anulavam a ausência ;)
e eu sou cristão: o que me move é a relação entre a monocordia e as plumas nas bragas. a transformação da totalidade que nisso se dá a entrever.
o tricky é o mozart do séc. XX, disse-me um amigo há uns anos (quando o tricky veio cá, precisamente)
nota de rodapão: a ausência de sentido é algo de fundamental, quando é autêntica, isto é, vivida enquanto tal. desta são outros os guardas, e sabem no que estão. a dos guardas referidos na experiência museográfica, mais correctamente é: sentido morto, desactivado. e também: a museografia não é isto, isto é a má museografia.
nic, diz-me tudo (com a autoridade que se sente a conferir a algo)que a ausencia de sentido é uma lasca no relicário, A lasca. A cor, o tamanho, a profundidade da lasca, uiii. E se o guarda não sabia nada de raposas mas sabia de desordens perturbantes? A tua concha, está agora no sistema de troca? (está agora, comigo, voilá mon corps, olha bem, não sou uma sereia)
os relicários são, entre outras coisas, o sentido da ausência. e esta não é uma lasca, mas um pleno fundamento da sua dinâmica.
a troca é uma categoria que não dá conta das relações, ou melhor, redu-las a um denominador comum que é um meio e não um fim, e muito menos um sentido. é como se se dissesse que o sentido da bicicleta está no pedalar, tornando incompreensível a noção de trajecto. a maioria dos avatares das chamadas ciências sociais e humanas ainda não chegaram à bicicleta, pois estão ainda na fase umbilical, quero dizer, pensam que a análise justifica e expõe o sentido, quando ela apenas descreve o acontecimento. move you ass, motherfuckers!
beuysianamente dir-se-ia que a concha está no fluxo que atravessa a obra, a minha presença e as restantes travessias do tempo, dos lugares e dos sujeitos possíveis. uma abertura para um espaço irrepetível de invocação de sentido, que logo se fecha para quedar-se até à próxima abertura, para quedar-se… fremente ;)
a vida está sempre à porta.
folgo que a concha esteja contigo.
se o guarda aguardasse na estratégia da desordem sem amar esta, teria tocado piano na gelatina e dançado com a raposa que rói a pata.
quanto à senhora Teté, o facto de saltar dos primórdios do cristianismo para a modernidade para tratar do tema da repressão pública da mulher, diz quase tudo. para além de à distância poder gloriosamente generalizar em favor da sua tese (as mulheres pagãs? quais? as do jardim de Epicuro?...) evita a clareza dificilmente contornável do patriarquismo que refundou a Europa mais ou menos do séc. VI em diante. mas não estou com disponibilidade para focar-me em tão denso assunto agora. acrescentarei que não é só a tradição judaico-cristã, mas todas as tradições patriarcais em que co-habitamos, que estremecem com a revelação do feminino no masculino et vice-versa, e a tal resistem. isto é, nós próprios, cada qual, feministas e gays incluídos. mas resistir é também dinâmica de aferição. como dizem os austríacos: a pressa é má lucidez. diga-se também, em abono da pertinência, que a senhora tem razão no alerta aos pacotes ético-tecnológicos que se aproveitam do feminismo irreflectido para dar força ao seu domínio do mundo e das consciências (de que, é verdade, o chamado bloco central partidário, é naturalmente um dos seus mais asqueroso agente).
como poderíamos, aliás sem nos dar um tranguilim? Eu cá para mim a ausencia é o que está e não pode estar lá. trocalícita, paraferro, prostramente, cadavernácado, sombinulavedo,fortiscarpa, o grande tédio contemplativo, o travão que é util. não é pera doce, não é pera doce inclusive evitar a arrogância e outros maus demos.
Parvati não era parvati E a faca suspensa na adega não era igual á faca que tinha na mão porque a minha cortava a carne que era de dar aos cães. Podia-se dizer que a faca Tinha a mão e a faca Na mão. E se a faca me vivia entre as orelhas Algum sítio melhor havia de lhe dar Para que enfim descansasse Da perspectiva cavaleira e suas reduções obrigatórias
24 Comments:
http://www.metodista.br/rronline/ciencia-e-saude/bebes-de-seis-meses-ja-reconhecem-os-bonzinhos-diz-estudo
Huuum… sim, uma abertura relacional originária com tudo pulsa na nossa narratividade.
Também o gato e o hamster têm inteligência emocional e social; não sei se se auto-narram, ou se o fazem de modo similar ao humano. Não sei se se reconhecem no espelho. Não sei se são estranhos para si próprios. Não sei se anseiam pelo tipo da sua “archê”, ou se o proliferam sem procura nem construção.
Não bastam empatias e desempatias de reconhecimento e orientação para haver percas e ganhos de sentido identitário.
“Baby’ s on fire
Take your time she’ s only burning
This kind of experience
Is necessary for her learning
If you’ ll be my flotsam
I could be half the man I used to
They said you were hot stuff
And thats what babys been reduced to.”
Abraço
roCK! re-conheço! :P
não estava a falar de TER como ter uma medalha ou uma memória
ter como re-cordação
experiência de si
do outro
sentido
reflexão
e também
do fado ao rock’ n’ roll
o eco do canto
sentido
música
bjocas blues
PS:
Given the Chance
I'll Die Like a Baby
On Some Far Away Beach
When the Season's Over.
Unlikely
I'll Be Remembered
As the Tide Brushes Sand in My Eyes
I'll Drift Away.
Cast Up On a Plateau
With Only One Memory
A Single Syllable
Oh Lie Low Lie Low.
PS do PS: o senhor destas líricas depositou mijo seu no famoso urinol do Duchamp aquando duma exposição, numa gloriosa re-cordação activa da própria obra do Marcel.
PS do PS do PS: como se vê, a história não deixa de fremer, aqui, ali e acolá, deste modo, destoutro e daqueloutro.
cordação. hum
hahahah, são 4 as pessoas q o fizeram, mas ninguém pôs ainda canalização naquela merda! mas diz lá, que te move mais: a mono-cordia ou as plumas nas bragas (o som é tricky, as palavras são tricky, e que mais)?
coeur-doação. um.
coeur. dois.
doação. três.
ai há mais três mictantes (curiosa rima aritmética com o anterior) ?... não sabia. o monsieur De La Salle Eno não conseguiu fazê-lo directamente. os guardas do museu estavam atentos e avisados contra re-animações de sentido. teve de voltar no dia seguinte com uma discreta garrafinha no bolso cheia do precioso líquido ;) eu tive uma experiência parecida numa exposição do Beuys no Museu do Prado: pus uma concha de amêijoa junto ao telefone do “Mensh”, numa doação de elemento marítimo e feminino. o guarda desconfiou, suponho, porque dessa sala para a frente foi em meu encalço até eu sair. voltei lá no dia seguinte, e a concha ainda estava lá. são assim os guardas da ausência de sentido, nem conhecem o que estão a guardar, o que é natural, pois se o conhecessem anulavam a ausência ;)
e eu sou cristão: o que me move é a relação entre a monocordia e as plumas nas bragas. a transformação da totalidade que nisso se dá a entrever.
o tricky é o mozart do séc. XX, disse-me um amigo há uns anos (quando o tricky veio cá, precisamente)
nota de rodapão: a ausência de sentido é algo de fundamental, quando é autêntica, isto é, vivida enquanto tal. desta são outros os guardas, e sabem no que estão. a dos guardas referidos na experiência museográfica, mais correctamente é: sentido morto, desactivado. e também: a museografia não é isto, isto é a má museografia.
nic, diz-me tudo (com a autoridade que se sente a conferir a algo)que a ausencia de sentido é uma lasca no relicário, A lasca. A cor, o tamanho, a profundidade da lasca, uiii.
E se o guarda não sabia nada de raposas mas sabia de desordens perturbantes? A tua concha, está agora no sistema de troca? (está agora, comigo, voilá mon corps, olha bem, não sou uma sereia)
e as plumas nas bragas LOL
mesmo a propósito de museugrafias oceânicas!:http://womenage.lifelogger.com/596199
blues, blues, take a dark red.
os relicários são, entre outras coisas, o sentido da ausência. e esta não é uma lasca, mas um pleno fundamento da sua dinâmica.
a troca é uma categoria que não dá conta das relações, ou melhor, redu-las a um denominador comum que é um meio e não um fim, e muito menos um sentido. é como se se dissesse que o sentido da bicicleta está no pedalar, tornando incompreensível a noção de trajecto. a maioria dos avatares das chamadas ciências sociais e humanas ainda não chegaram à bicicleta, pois estão ainda na fase umbilical, quero dizer, pensam que a análise justifica e expõe o sentido, quando ela apenas descreve o acontecimento. move you ass, motherfuckers!
beuysianamente dir-se-ia que a concha está no fluxo que atravessa a obra, a minha presença e as restantes travessias do tempo, dos lugares e dos sujeitos possíveis. uma abertura para um espaço irrepetível de invocação de sentido, que logo se fecha para quedar-se até à próxima abertura, para quedar-se… fremente ;)
a vida está sempre à porta.
folgo que a concha esteja contigo.
se o guarda aguardasse na estratégia da desordem sem amar esta, teria tocado piano na gelatina e dançado com a raposa que rói a pata.
quanto à senhora Teté, o facto de saltar dos primórdios do cristianismo para a modernidade para tratar do tema da repressão pública da mulher, diz quase tudo. para além de à distância poder gloriosamente generalizar em favor da sua tese (as mulheres pagãs? quais? as do jardim de Epicuro?...) evita a clareza dificilmente contornável do patriarquismo que refundou a Europa mais ou menos do séc. VI em diante. mas não estou com disponibilidade para focar-me em tão denso assunto agora. acrescentarei que não é só a tradição judaico-cristã, mas todas as tradições patriarcais em que co-habitamos, que estremecem com a revelação do feminino no masculino et vice-versa, e a tal resistem. isto é, nós próprios, cada qual, feministas e gays incluídos. mas resistir é também dinâmica de aferição. como dizem os austríacos: a pressa é má lucidez. diga-se também, em abono da pertinência, que a senhora tem razão no alerta aos pacotes ético-tecnológicos que se aproveitam do feminismo irreflectido para dar força ao seu domínio do mundo e das consciências (de que, é verdade, o chamado bloco central partidário, é naturalmente um dos seus mais asqueroso agente).
c’ est vraiment très compliqué, tout ça.
uma lasca sim, que sobrou da faca, mas a matéria tão preciosa, que nem a lasca mandamos fora.
como poderíamos, aliás sem nos dar um tranguilim? Eu cá para mim a ausencia é o que está e não pode estar lá. trocalícita, paraferro, prostramente, cadavernácado, sombinulavedo,fortiscarpa, o grande tédio contemplativo, o travão que é util. não é pera doce, não é pera doce inclusive evitar a arrogância e outros maus demos.
rituais, rituais para a verdade.
sofisticação
não é pera doce não
não foi no Prado. foi no rainha Sofia.
que terá acontecido no Prado?
http://www.johnsadowski.com/uploaded_images/doggie_heaven-767087.jpg
le paradis caca
se a unidade em tais imagens ecoasse
escorrer-se-ia para uma tranquilidade de redução
como quem corta a cabeça
para resolver um problema de lógica
e no entanto
a união apela à estranheza maior
(mesmo a da amizade
mesmo a poética
mesmo a científica
mesmo a da manhã
mesmo a consigo próprio)
diz-me:
estilhaça os teus modos
e não os tranquilizes afastando-os
dos seus limites
e colocando-os satisfeitos
no conforto da recognição
balelas
tudo isso
tudo isto
(bem
verdade é
que as técnicas de massificação
andam com uma tremenda eficácia
desde que vestiram a pretensão
de informação e esclarecimento)
e no entanto
até na histoire caca
freme o trajecto
Parvati não era parvati
E a faca suspensa na adega
não era igual á faca que tinha na mão
porque a minha cortava a carne
que era de dar aos cães.
Podia-se dizer que a faca
Tinha a mão e a faca
Na mão.
E se a faca me vivia entre as orelhas
Algum sítio melhor havia de lhe dar
Para que enfim descansasse
Da perspectiva cavaleira e suas reduções obrigatórias
tribeijo e bom dia para si! :)
bom dia, blues :)
disse um personagem um dia:
farto dos limites da inteligência
dediquei-me à parvoíce
e há paradis caca
inteligentérrimos ;)
a pera doce não é doce pera
pois
cavaleira ou chinesa
a perspectiva
perspectiva-se?...
bjocas tri
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